terça-feira, 31 de julho de 2012


As Bahia's de Jorge


"Bahia: Terra de todos os santos e porque não dizer profanos, também? Afinal a pluralidade cultural que nos cerca é gigantesca, pitoresca. São várias “Bahias” dentro de uma só Bahia. O negro, o índio, o branco, o caboclo, o pardo, a pele morena que canta 
e encanta!
O relevo suave dessa mesma pele, das curvas, do cheiro, do suor de um povo guerreiro, aguerrido, sentido... Por muitas vezes oprimido, mas nunca, nunca vencido! O afoxé, o dendê, o atabaque, o ileaiê, a mandioca, o pelô, o pirão, o feijão, o acarajé com camarão! O ouro negro, o preto velho, o agricultor, o pescador, o compositor, o Dorival, o Jorge, o Adonias, o Salomão, o Gil, o Caetano, o Glauber, a Bethânia, a Gal, a Ivete... Ah, eu sou tiete! O eu, o você, todos nós!
A terra, a terra que de tão viva fertiliza um povo, uma arte, dez mil artes. Ah Bahia, um sentimento diferente, ardente, pulsante, envolvente, que arrepia a gente! Arrebatador!!! Um coração que brota flor... Jorge, esse sabia o que dizia! Esse era e é a transfiguração da minha Bahia, da sua Bahia, da nossa Bahia. De toda alegria, de toda a simpatia, de toda a euforia. Um carisma sem fim, assim como as suas terras e repleto de humanidade... De baianidade! Esta última é em suma santa e pecadora. Mas que tempero é esse meu rei? Oxe, será somente pimenta e dendê?
A cultura baiana tantas vezes discriminada, mistificada, mal conceituada, desrespeitada, vira a cena e soberanamente nos envolve e nos devolve a nossa essência plural de ser baiano!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário