segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Sensibilidade...

Olho pros lados, pros cantos, pras esquinas...
Quantas paisagens... quantos olhares perdidos nelas.
As pessoas transitam ao meu redor.
Observam tudo e a todos e ao mesmo tempo não enxergam nada.
A convicção, o altruísmo, o egoísmo... Cegos, aleijados do peito

"Perfeitos"... Todos bem trajados, preocupados com as vaidades diárias
Todos bem trajados, trajam cores por fora e luto p
or dentro e mal sabem disto.

Por quê uns não enxergam os outros? Por quê não se compadecem com os seus?
Por quê não se percebem enquanto agentes de transformação
Transformação do espaço e não tao somente dele.
Transformação da vida! Dos que nos cercam!

Por quê vivo num mundo de cegos? Por quê vejo e nem todos vêem?
Tá, eu sei! Eu estudo, eu leio, eu observo eu sinto eu intensifico
Assim aguço minha sensibilidade.... Alias, falando nisso...
Isso ainda existe num mundo tao prático?
Numa materialidade maior que humanidade?
Num pseudo-mundo midiático?

"Ei?! Eu existo!" Clamam com olhos,
Surtos, mortes, tragédias e tantos acontecimentos aparentemente incompreensíveis pela raça humana, mas que são simples e puras manifestações grosseiras da falta de afeto, de compassividade, de cuidado, de sentido!

Pessoas INSISTEM EM ERROS TOLOS, EM PASSADOS GROSSEIROS, EM VIDAS MEDÍOCRES, EM MOMENTOS INCOMPLETOS, EM FELICIDADES INFELIZES!

E negam... Negam a vida a frente dos olhos!
Negam a chance da real felicidade!

Fazemos tudo e fazemos nada
E mal sabemos o quão "nada" é o que fazemos
Vos peço socorro! Me tirem dessa corja, desse mundo de loucos-tolos!

Eu luto, eu esbravejo, mas sou de carne e osso
As vezes a carne sangra e eu preciso estancá-la
Eu "sou vivo" e quero vida ao meu redor

Não sei viver, não sei "ser amor sem amor"
O mundo urge ao meu redor
É como o fogo que precisa de oxigênio
Eu preciso acordar e me sentir menos pobre de recursos vitais
Nem que pra isso eu me torne pobre dos recursos materiais

Comecei dizendo em olhar pros cantos, lados, esquinas...
É... melhor olhar pra frente e somente ela (horizonte)
Pois estou morrendo vido e vivendo morto!

"Ei?! Eu existo!"

terça-feira, 31 de julho de 2012


As Bahia's de Jorge


"Bahia: Terra de todos os santos e porque não dizer profanos, também? Afinal a pluralidade cultural que nos cerca é gigantesca, pitoresca. São várias “Bahias” dentro de uma só Bahia. O negro, o índio, o branco, o caboclo, o pardo, a pele morena que canta 
e encanta!
O relevo suave dessa mesma pele, das curvas, do cheiro, do suor de um povo guerreiro, aguerrido, sentido... Por muitas vezes oprimido, mas nunca, nunca vencido! O afoxé, o dendê, o atabaque, o ileaiê, a mandioca, o pelô, o pirão, o feijão, o acarajé com camarão! O ouro negro, o preto velho, o agricultor, o pescador, o compositor, o Dorival, o Jorge, o Adonias, o Salomão, o Gil, o Caetano, o Glauber, a Bethânia, a Gal, a Ivete... Ah, eu sou tiete! O eu, o você, todos nós!
A terra, a terra que de tão viva fertiliza um povo, uma arte, dez mil artes. Ah Bahia, um sentimento diferente, ardente, pulsante, envolvente, que arrepia a gente! Arrebatador!!! Um coração que brota flor... Jorge, esse sabia o que dizia! Esse era e é a transfiguração da minha Bahia, da sua Bahia, da nossa Bahia. De toda alegria, de toda a simpatia, de toda a euforia. Um carisma sem fim, assim como as suas terras e repleto de humanidade... De baianidade! Esta última é em suma santa e pecadora. Mas que tempero é esse meu rei? Oxe, será somente pimenta e dendê?
A cultura baiana tantas vezes discriminada, mistificada, mal conceituada, desrespeitada, vira a cena e soberanamente nos envolve e nos devolve a nossa essência plural de ser baiano!"

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulher...

08 de março - Dia Internacional da Mulher... ''Celebrado no dia de hoje, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.'' Dessa forma, nada mais justo do que um coletivo de mulheres sairem por ai fazendo caminhadas, com frases do orgulho feminino, mostrando a importância da essência do ''ser mulher'' perante a um mundo tão machista e desigual, tão excludente sobre as questões de gênero, não só envolvendo as mulheres, como também o grupo GLBTT. Respeito e apoio esse momento de reflexão e comemoração das mulheres que desde a Idade Antiga sempre foi posta na condição de subserviente ao homem. Porém vos chamo, meninas, a seguinte reflexão... Porque pensar que o 8 de março é o vosso dia se a grande batalha das vossas vidas, onde vivenciam tantos anseios, sacrifícios, derrotas, seguidas de vitórias celebres, feito filmes de Holywood, esta justamente durante os 364 dias subsequentes?? Penso que a mulher necessita deixar de pensar e agir ainda hoje, como uma minoria e se impor quanto um par igual ao homem. Numericamente, segundo dados estatísticos, supera a população masculina no mundo inteiro. Acho injusto dedicar um unico dia a vocês, falo isso pela mulher mãe, como a minha (Maria das Graças) que foi meu alicerce e hoje minha estrutura, a mulher avó (Elza e Adélia) que são mães em dobro e são meus exemplos de guerreiras, a mulher irmã (Mari TeixeiraRenata Teixeira e Cláudia Castro) as quais me ensinam em seu cuidado e carinho e até na saudade. A mulher amiga, a mulher profissional, a mulher namorada, noiva, esposa, companheira e cúmplice, a mulher em todos os seus âmbitos, desde que de fato seja uma verdadeira mulher e não se faça um objeto fútil e inútil, depreciando a sua essência e criação divina! Vejo em muitas de vocês no dia de hoje, um grito encalacrado no peito saindo, como se esse fosse sufocado no decorrer do ano, da vida e vos digo que vocês são tamanha fonte de amor, que devem regozijar-se por todo o tempo... Compus então um pequeno verso, poema, sei lá... ''Mulher, muito antes de pensar em ser, já é! Muito antes de chorar, sorri!... e ao sorrir invade e envolve e ao envolver acalma e comove e ao comover se entrega e acolhe e ao acolher se faz mulher e se faz amor. Amor sublime e único, simplesmente amor!

sábado, 3 de março de 2012

A parábola do Pão

   Se todo dia tu tens fome de uma refeição completa, do que te adianta se alimentar de migalhas de um pão, dia após dia?


   Penso no amor na perspectiva do pão, penso nos seres humanos que se amam na perspectiva de uma padaria. O pão foi fermentado, porém antes era massa... Certo? Os dois seres que se amam são como dois padeiros que permitiram que a massa se transformasse em pão... O pão ficou pronto, bonito, fofo, saboroso, cheirinho bom, fresco, recente...


   O amor de ambos é como o pão feito na padaria. O Pão que vocês fabricam hoje é para ser consumido hoje! O pão do dia seguinte, assim que ambos acordarem o produzirão e o deverão consumir no mesmo dia e assim sucessivamente, deverá de acontecer por todos os dias.


   Mas, se ambos produzem um pão que é para ser consumido ali naquele dia, porém o deixam em cima do balcão da padaria, descoberto e a mercê dos agentes do tempo no intuito de economizá-lo, retirando migalhas a cada dia para se alimentarem dele e deixando assim de fabricar novos pães nos dias seguintes, Esse pão irá endurecer, perder o seu sabor gradativamente, até que apodreça e não sirva mais para o consumo humano. Enquanto isso, nem se quer durante o tempo em que essas migalhas tapeavam os lábios destes, talvez aguçando suas papilas gustativas por alguns instantes, conseguiam saciar a fome destes durante o resto do dia, e nutri-los o mínimo necessário, após o pôr do sol.


   Sendo assim, ambos passam dias em sequência sem se nutrir, sem se satisfazer, sem se deliciar, sem balbuciar, para no final das contas o pão ficar podre e a padaria por fim fechar e falir. Seria válido esse modelo de padaria? Seria válido esse modelo de amor?


   Assim então vos digo: Apenas os dois padeiros têm e terão o direito e dever de decidir em conjunto se desejam prosperar com a padaria ou simplesmente se contentar a viver de restos, migalhas, sobras de um dia que já se passou.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Então é Natal!


Ora, ora, é Natal!!! O que fazer? Acordar, levantar, trabalhar, labutar... Nada de descansar, pensar, refletir, sonhar, partilhar e/ou amar, e sim nada mais que economizar, juntar, pedir (reclamar), transitar, engarrafar (reclamar), correr, estressar (reclamar), consumir, pechinchar (reclamar), creditar para então comprar e comprar e comprar... Viajar, sorrir (reclamar), se banhar, se arrumar, se vestir, se perfumar, se maquiar, (reclamar), se empirictar, conversar, ligar, reunir, abestalhar, comer, se embriagar, se fartar, flertar, transar, cantar, dançar, sorrir, chorar, fingir amar, fingir perdoar, (reclamar), fingir a paz da mídia que diz que "hoje é um novo dia de um novo tempo que começou e que nesses novos dias, AS ALEGRIAS SERÃO DE TODOS, (basta apenas QUERER!) e que os nossos SONHOS serão VERDADE..." que lindo, que belo, nessas horas todos somos verde-e-amarelo, mas afinal, onde está o Natal? De onde veio? Para que serve, senão hoje, de uma forma absurdamente deturpada tem a simples serventia de embriagar os corações e as mentes de sentimentos, sonhos e talvez ações imediatistas e medíocres, mediadas pelo capital perverso que trás o Papai Noel da burguesia, escondendo a verdadeira reflexão, o verdadeiro pensar, sonhar e agir, o verdadeiro amar e dividir o sentimento de um Jesus que sendo Deus para os Cristãos ou ainda que simplesmente um homem "diferenciado" para aqueles que não creditam-o como o Cristo, revolucionou a humanidade e nos trouxe um jeito novo de lidar com o tão sofrido "próximo" O ANO INTEIRO e NÃO APENAS NOS DIAS 24, 25 e as vezes 31 de Dezembro, que em meio as nossas deliciosas e excessivas preocupações capitais-natalinas, sofrem e agonizam na esquina ao lado!
A única coisa que talvez eu possa desejar nessa noite seja que pra cada sentimento sincero e aflorado que possa brotar em alguém hoje, seja livre de hipocrisia e repleto de PRÁXIS (reflexão-ação) nos próximos 365 dias subsequentes, não se perdendo na digestão feita ao ingerirmos o peru de natal ou champagne de ano novo!  
Saudações e um beijo grande no coração de todos! Parabéns Jesus Cristo, teu nascimento e tua vida, presente e exuberante és o meu maior e talvez único presente valioso de fato!

sábado, 17 de setembro de 2011

Te vi, bem-te-vi...


"Te vi" duas únicas vezes, nem mais nem menos que isso. Na primeira um impacto visual, uma troca de olhares em meio a muitos vultos, sons e cores, mas os teus "zoinhos" cor-de-jabuticaba me fintaram, ainda que talvez despretensiosamente e eu ultimamente tão seco e cético me deixei fintar-se pelo mesmo. Na segunda vez não só teus olhos me fintaram, mas dessa vez teus doces lábios... Eles me balbuciavam e me aguçavam a cede do teu misterioso beijo! Adentrando além dos belos e suculentos lábios, tua voz, um tanto atípica e ao mesmo tempo encantadora... Simples, suave com ligeiras elevações mais graves. Um jeito perspicaz de hipinose. Uma naturalidade e espontaneidade, um expressar quase que em forma de caricatura duma personalidade própria e marcante! Um doce apimentado, um doce baiano e como tudo que tem tempero baiano, me faz novamente encher os olhos e lábios de água!

Tá bom, foram apenas dois encontros, num intervalo simples... alguns poucos e tímidos carinhos, beijos e palavras, essas últimas mais fervorosas, eu sei, eu sei!

Mas e daí!? E daí que eu "te vi" e isso me basta! Não sei se tu também "me vistes" e talvez isso até me importe lá na frente, mas até então o simples fato deu ter "te visto" me basta aos olhos e ao peito ofegante e triunfante pelo delicioso aroma do teu beijo, sombreado pelo barulho singelo da brisa do mar. Segue-se a vida... O tempo, assim como nós mesmos citamos, apenas passa e nele se desenrolam os momentos no querido e intrigante espaço geográfico que nos circunda. Sendo assim, tomo cada instante da vida na mesma proporção que alguém mata sua sede de água após uma jornada desértica e pra cada momento do menor ao mais completo, procuro absorver o "manjar dos deuses" à nós oferecido dia após dia e dispensado inconscientemente na maioria das vezes. Talvez tenha sido um simples relâmpago... Talvez se torne uma tempestade daquelas que abalam o peito, das mais belas a serem fotografadas e postas num álbum geográfico da vida... Não sei, só sei que "te vi, bem-te-vi" e sinto um enorme desejo pulsante de "ver-te" mais, sem me preocupar tão pouco precipitadamente com o "si"! *__*

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Esquinas da vida

A cada passo nosso no cenário da vida, um novo caminho se traça, uma nova oportunidade nos surge, um novo espaço geográfico nos entrelaça e por fim uma nova descoberta nos abraça, afinal já dizia o sábio Paracelso: "A aprendizagem é a nossa própria vida, desde a juventude até a velhice, de fato quase até a morte; ninguém passa dez horas sem nada aprender."

De uns tempos pra cá, tenho buscado dedicar cada pulsar dentro do meu peito, cada molécula de oxigênio que entra em meus pulmões, cada piscar das pálpebras, cada vibrar dos tímpanos e cordas vocais e por fim cada gota de suor derramada do meu dia, a irrefutável idéia de se viver a vida em sua plenitude. Todo esse zelo e apelo a intensidade de se viver, hoje vai de encontro aos meus mais sublimes desejos, a medida em que enxergo o quanto os acontecimentos constantes que me cercam, são fortes, e apesar de excitantes em alguns momentos, podem se tornar dolorosos noutros, em sequência. Descubro a cada dia que a vida não te pergunta como você vai, de onde vem, pra onde vai, com quem vai, se deseja ir ou ficar, ela apenas te empurra aos momentos e seus respectivos fatos e no máximo te dá a oportunidade de reconstruir aquilo que você deixou envelhecer eou degradar-se com os agentes intempéricos do tempo. As esquinas da vida são assim e por mais interrogações que cada uma dessas esquinas trazem consigo, penso que o que faz da vida valer a pena, e que assim devemos devorá-la não só com o corpo, mas sobretudo com a alma, disseminando o melhor que temos dentro de si para os nossos semelhantes, encontrados nas curvas destas, são o conjunto de exclamações que as mesmas nos oferecem logo à frente... Ali após aquelas "brabas" e ferozes interrogações que citei! É a hora que atingimos uma estrada, pensamos logo que ela segue retilínea, e ai... e ai nos damos conta de que existem mais e mais curvas e esquinas e que elas nunca terminam em vida. Mas então o que fazer ou como superar e aguentar tantas esquinas, tantas interrogações, tantas pedras e buracos? Que tal tentarmos ao invés de pensar e sonhar com estradas sem curvas, apenas focar nosso olhar no sublime horizonte à nossa frente e deixar que nosso mais íntimo sentido, o qual alia o nosso tripé: (alma-corpo-espírito), nos guie por cada curva? Pense nisso! Aliás, pense não, se propunha a viver, não a nada a se perder, seguindo o que já disse o poeta transcrito no início do texto, finalizo dizendo: Só temos a ganhar pra cada segundo que vivemos e consigo aprendemos! Parafraseando um outro poeta e irmão, Isaac: "Êaa!!!" rsrsrs...