sábado, 24 de dezembro de 2011

Então é Natal!


Ora, ora, é Natal!!! O que fazer? Acordar, levantar, trabalhar, labutar... Nada de descansar, pensar, refletir, sonhar, partilhar e/ou amar, e sim nada mais que economizar, juntar, pedir (reclamar), transitar, engarrafar (reclamar), correr, estressar (reclamar), consumir, pechinchar (reclamar), creditar para então comprar e comprar e comprar... Viajar, sorrir (reclamar), se banhar, se arrumar, se vestir, se perfumar, se maquiar, (reclamar), se empirictar, conversar, ligar, reunir, abestalhar, comer, se embriagar, se fartar, flertar, transar, cantar, dançar, sorrir, chorar, fingir amar, fingir perdoar, (reclamar), fingir a paz da mídia que diz que "hoje é um novo dia de um novo tempo que começou e que nesses novos dias, AS ALEGRIAS SERÃO DE TODOS, (basta apenas QUERER!) e que os nossos SONHOS serão VERDADE..." que lindo, que belo, nessas horas todos somos verde-e-amarelo, mas afinal, onde está o Natal? De onde veio? Para que serve, senão hoje, de uma forma absurdamente deturpada tem a simples serventia de embriagar os corações e as mentes de sentimentos, sonhos e talvez ações imediatistas e medíocres, mediadas pelo capital perverso que trás o Papai Noel da burguesia, escondendo a verdadeira reflexão, o verdadeiro pensar, sonhar e agir, o verdadeiro amar e dividir o sentimento de um Jesus que sendo Deus para os Cristãos ou ainda que simplesmente um homem "diferenciado" para aqueles que não creditam-o como o Cristo, revolucionou a humanidade e nos trouxe um jeito novo de lidar com o tão sofrido "próximo" O ANO INTEIRO e NÃO APENAS NOS DIAS 24, 25 e as vezes 31 de Dezembro, que em meio as nossas deliciosas e excessivas preocupações capitais-natalinas, sofrem e agonizam na esquina ao lado!
A única coisa que talvez eu possa desejar nessa noite seja que pra cada sentimento sincero e aflorado que possa brotar em alguém hoje, seja livre de hipocrisia e repleto de PRÁXIS (reflexão-ação) nos próximos 365 dias subsequentes, não se perdendo na digestão feita ao ingerirmos o peru de natal ou champagne de ano novo!  
Saudações e um beijo grande no coração de todos! Parabéns Jesus Cristo, teu nascimento e tua vida, presente e exuberante és o meu maior e talvez único presente valioso de fato!

sábado, 17 de setembro de 2011

Te vi, bem-te-vi...


"Te vi" duas únicas vezes, nem mais nem menos que isso. Na primeira um impacto visual, uma troca de olhares em meio a muitos vultos, sons e cores, mas os teus "zoinhos" cor-de-jabuticaba me fintaram, ainda que talvez despretensiosamente e eu ultimamente tão seco e cético me deixei fintar-se pelo mesmo. Na segunda vez não só teus olhos me fintaram, mas dessa vez teus doces lábios... Eles me balbuciavam e me aguçavam a cede do teu misterioso beijo! Adentrando além dos belos e suculentos lábios, tua voz, um tanto atípica e ao mesmo tempo encantadora... Simples, suave com ligeiras elevações mais graves. Um jeito perspicaz de hipinose. Uma naturalidade e espontaneidade, um expressar quase que em forma de caricatura duma personalidade própria e marcante! Um doce apimentado, um doce baiano e como tudo que tem tempero baiano, me faz novamente encher os olhos e lábios de água!

Tá bom, foram apenas dois encontros, num intervalo simples... alguns poucos e tímidos carinhos, beijos e palavras, essas últimas mais fervorosas, eu sei, eu sei!

Mas e daí!? E daí que eu "te vi" e isso me basta! Não sei se tu também "me vistes" e talvez isso até me importe lá na frente, mas até então o simples fato deu ter "te visto" me basta aos olhos e ao peito ofegante e triunfante pelo delicioso aroma do teu beijo, sombreado pelo barulho singelo da brisa do mar. Segue-se a vida... O tempo, assim como nós mesmos citamos, apenas passa e nele se desenrolam os momentos no querido e intrigante espaço geográfico que nos circunda. Sendo assim, tomo cada instante da vida na mesma proporção que alguém mata sua sede de água após uma jornada desértica e pra cada momento do menor ao mais completo, procuro absorver o "manjar dos deuses" à nós oferecido dia após dia e dispensado inconscientemente na maioria das vezes. Talvez tenha sido um simples relâmpago... Talvez se torne uma tempestade daquelas que abalam o peito, das mais belas a serem fotografadas e postas num álbum geográfico da vida... Não sei, só sei que "te vi, bem-te-vi" e sinto um enorme desejo pulsante de "ver-te" mais, sem me preocupar tão pouco precipitadamente com o "si"! *__*

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Esquinas da vida

A cada passo nosso no cenário da vida, um novo caminho se traça, uma nova oportunidade nos surge, um novo espaço geográfico nos entrelaça e por fim uma nova descoberta nos abraça, afinal já dizia o sábio Paracelso: "A aprendizagem é a nossa própria vida, desde a juventude até a velhice, de fato quase até a morte; ninguém passa dez horas sem nada aprender."

De uns tempos pra cá, tenho buscado dedicar cada pulsar dentro do meu peito, cada molécula de oxigênio que entra em meus pulmões, cada piscar das pálpebras, cada vibrar dos tímpanos e cordas vocais e por fim cada gota de suor derramada do meu dia, a irrefutável idéia de se viver a vida em sua plenitude. Todo esse zelo e apelo a intensidade de se viver, hoje vai de encontro aos meus mais sublimes desejos, a medida em que enxergo o quanto os acontecimentos constantes que me cercam, são fortes, e apesar de excitantes em alguns momentos, podem se tornar dolorosos noutros, em sequência. Descubro a cada dia que a vida não te pergunta como você vai, de onde vem, pra onde vai, com quem vai, se deseja ir ou ficar, ela apenas te empurra aos momentos e seus respectivos fatos e no máximo te dá a oportunidade de reconstruir aquilo que você deixou envelhecer eou degradar-se com os agentes intempéricos do tempo. As esquinas da vida são assim e por mais interrogações que cada uma dessas esquinas trazem consigo, penso que o que faz da vida valer a pena, e que assim devemos devorá-la não só com o corpo, mas sobretudo com a alma, disseminando o melhor que temos dentro de si para os nossos semelhantes, encontrados nas curvas destas, são o conjunto de exclamações que as mesmas nos oferecem logo à frente... Ali após aquelas "brabas" e ferozes interrogações que citei! É a hora que atingimos uma estrada, pensamos logo que ela segue retilínea, e ai... e ai nos damos conta de que existem mais e mais curvas e esquinas e que elas nunca terminam em vida. Mas então o que fazer ou como superar e aguentar tantas esquinas, tantas interrogações, tantas pedras e buracos? Que tal tentarmos ao invés de pensar e sonhar com estradas sem curvas, apenas focar nosso olhar no sublime horizonte à nossa frente e deixar que nosso mais íntimo sentido, o qual alia o nosso tripé: (alma-corpo-espírito), nos guie por cada curva? Pense nisso! Aliás, pense não, se propunha a viver, não a nada a se perder, seguindo o que já disse o poeta transcrito no início do texto, finalizo dizendo: Só temos a ganhar pra cada segundo que vivemos e consigo aprendemos! Parafraseando um outro poeta e irmão, Isaac: "Êaa!!!" rsrsrs...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O caminho da mola...

Desconstruir, despaginar, desinventar, derrubar. Renovar, ressurgir, reinventar, repaginar, reestruturar, reconstruir... Dentre tantas formas de se morrer e renascer. A todo tempo, essa sequência, ainda que embaralhada, pois não existe uma ordem específica a ela, se faz presente em nossas vidas. Essas são movidas por turbulências dos mais diversos tipos. Turbulências sempre existiram assim como sempre existirão, não há quem fuja e nem deveria fugir, ainda que possível fosse. É delas e sobre elas que recarregamos as nossas baterias, ao ponto em que nos despimos das nossas tralhas antigas, suadas e pesadas, passando a nos revestir de uma nova veste, repaginada, amadurecida, moldada e agora leve, leve como uma folha, porém energicamente carregada como um sol. Mas, esse processo requer coragem, audácia, reconhecimento daquilo que se perdeu ou deixou de ser ganho e assim o caminho de volta do fundo do posso, por mais árduo que seja é gratificante, é revigorante, por que não dizer que é como um "wisk com redbull", afinal de contas: "Te dá asas!!!"...  Voltando a sanidade, lembro me do conto da Águia, que ao longo da jornada de sua vida, passa por um processo de transformação doloroso, difícil e longo. "Ao completar 40 anos de idade, as garras das asas tornam-se flexíveis e perdem a capacidade de segurar de modo firme e preciso suas presas. O bico alongado e pontiagudo tem a sua envergadura acentuada, assim como as suas unhas. As asas estão mais velhas e mais pesadas, devido a grossura das suas penas e portanto o vôo torna-se dificultado. A águia então tem um dilema pela frente: Ou se entrega a sua fragilidade causada pela vida e morre dentro de poucos dias, ou então luta pela sua vida num processo de cerca de 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho, próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em  uma parede, até conseguir arrancá-lo, sem contar a dor que irá ter que  suportar. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois  arrancar as suas velhas unhas.  Quando as novas unhas começam a nascer,  ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação, para viver então mais 30 anos." Não discutindo o mérito do possível processo natural e biológico que as águias venham a enfrentar ou não, mas pensando no conteúdo do conto em questão... A nossa jornada da vida consiste em turbulências constantes, disso todos nós sabemos. O que talvez poucos tomem para si e passem não só saber, mas sobretudo vivenciar, é que pra cada tormento, há uma nova chance de subir a mola do poço com mais força e intensidade. O tamanho da queda sempre será duas vezes menor que o tamanho da respectiva capacidade de se soerguir. Envelhecer, desgastar, ruir, enferrujar, além dos verbos descritos nas primeiras palavras deste texto... São apenas etapas que antecedem o aperfeiçoar e moldar da escultura em argila que é a nossa vida e o jardim que a compreende. Basta sermos oleiros de nós mesmos e jardineiros do espaço e das pessoas que circundam nossa vida. Regar, podar, cuidar, tirar as ervas daninhas, adubar, fazer a correção do solo, replantar se preciso for! Pulsar o coração sempre! Cada batimento a mais, a cada segundo, não significa nada mais do que a graça e o suspiro da vida sobre os nossos corpos pálidos, que com infinito amor foi nos dado para o nosso desfrute, pelo lindo Deus que temos! Assim um motivo único e precioso para buscar estar vivo acima de tudo!