segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O ciclo citadino


Sai dia, entra noite, sai noite entra dia e o interminável ciclo citadino se estende, se encolhe, se multiplica, se engole, nos engole, nos determina, nos solta, nos apreende, nos envolve, nos regogita, nos vomita, nos devolve... Meio doido esse, confuso,  complexo, tão perplexo que chega a nos fazer dislexos. Produz, reproduz e no fim ainda nos deixa sem luz... Ah ciclo citadino, robusto na aparência do ser alegre e faminto, queria eu ter a tua fome e ser do tamanho do teu recinto, pra te embaraçar no teu próprio veneno e abstrair aquilo que sinto. 
"(...) Desta forma o urbano é mais do que um modo de produzir, é também um modo de consumir, pensar, sentir, enfim, é um modo de vida..."      (Ana Fani A. Carlos - A Cidade, 1999)

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